Candidato do PSB ao governo de Pernambuco será Danilo Cabral


 A qualquer momento, ainda esta semana, o governador Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, anunciará o nome do candidato à sua sucessão – Danilo Jorge de Barros Cabral, 54 anos, nascido em Surubim, cidade do agreste, distante 136 quilômetros do Recife, e deputado federal em três mandatos consecutivos.

É o atual líder do PSB na Câmara, depois de ter sido por duas vezes secretário estadual das Cidades e do Planejamento. Quando Cabral foi vereador no Recife entre 2005 e 2009, Câmara foi seu chefe de gabinete. No governo de Eduardo Campos, ele disputava com Ana Arraes, mãe do governador, a indicação de diretores de escolas.

Cabral é filiado ao PSB há 32 anos. Como deputado federal, votou a favor do impeachment da presidente Dilma, contra a PEC do Teto de Gastos, contra a Reforma Trabalhista, e a favor do pedido de abertura de processo para investigar o presidente Michel Temer. Desbancou o candidato ligado aos Campos, Tadeu Alencar.

“Ninguém governa governador”. A frase foi ditada nos anos 1950 pelo então governador de Pernambuco Agamenon Magalhães, que fora ministro do presidente Getúlio Vargas. Câmara não teve dificuldade de impor sua vontade dentro do PSB. Acontece que escolher um candidato não significa escolher um governador.

Três vezes governador de Pernambuco, Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos, bisavô do atual prefeito do Recife, João, ensinava que primeiro era preciso definir os atributos do candidato para só depois definir o nome. O PSB governa Pernambuco há 16 anos. Grande parte da população já dá sinais de cansaço.

Caberá ao PT a vaga de senador na chapa a ser encabeçada por Cabral, e ao PC do B a vaga de vice. O senador Humberto Costa (PT), que tem mais quatro anos de mandato, lançou-se candidato ao governo para pressionar o PSB a apoiar Lula. O PT não dispõe de um nome de peso para o Senado, terá que improvisar um.

Ainda não está certo que o PSB fará parte de uma federação de partidos que o PT tenta construir. São Paulo é o maior problema. Nem o PT abre mão da candidatura de Fernando Haddad ao governo, nem o PSB da candidatura de Márcio França.

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