A conta da campanha de 2020 chegou

 


No início de 2020, quando se falava em um provável adiamento das campanhas políticas muita gente se levantou contra. Ninguém queria que a campanha ficasse para março deste ano, ou que se prorrogasse os mandatos dos atuais prefeitos (a época) até 2022, porque tinha que ser feita a eleição ainda no ano passado. O Tribunal Superior Eleitoral bateu o pé e fez, e agora a conta chegou.

O aumento de casos da covid-19 será que não tem nada a ver com a decisão de ter feito uma campanha política totalmente desorganizada no ano passado com aglomerações, pessoas sem máscaras, em cima de paredões com arrastões que levaram às ruas 5 mil, 10 mil pessoas. Foram na verdade 45 dias de aglomerações seguidos e o único estado que suspendeu a campanha foi Pernambuco quando viu que havia um aumento significativo de casos de covid-19.

Com milhares de mortos, com hospitais lotados, com inúmeros casos, estamos voltando praticamente ao modo de início da pandemia quando iniciou o fecha tudo e o fique em casa.

A conta de uma campanha eleitoral totalmente feita fora do que recomendava a OMS, os feriadões com praias lotadas, festinhas escondidas e muitas delas apoiados por políticos não deixa dúvidas: Procuraram essa segunda onda que talvez seja apenas um desdobramento da irresponsabilidade ainda da primeira. “As eleições não serão fáceis, mas com alegria e serenidade seremos capazes de realizá-las com sucesso”, afirmou o Ministro Barroso em junho de 2020.

Lógico que não é apenas culpa da campanha política, mas está na cara que ela ajudou e muito a chegar no estado que nós estamos passando novamente.




Blog do Silvinho

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